terça-feira, outubro 14, 2008

Falta Tempo

Eu acordo, abro a janela e venho ao computador. Penso no que devo fazer, visito sites de pornografia, verifico meu e-mail. Nenhuma novidade a não ser mensagens descabidas que chegam à minha caixa de contatos. Salto à sala. Observo os gatos a pularem de um lado a outro, retorno ao quarto, fuço em minhas mensagens antigas e leio as notícias da manhã. Conversas vem e vão, pessoas vem e vão e não consigo organizar minha cabeça. O feijão assovia, o arroz ferve e minha retina não aprisionada nada. O que fazer num momento de escassez como este?
As mulheres mais gostosas, peitudas e bundudas estão por aí circulando num vai e vem frenético. Saio de casa em direção ao trabalho, elas passam por mim deixando seus perfumes em minha memória. Ao chegar no trabalho, parece que entro num matadouro. As pessoas me esperam para atendê-las. Aulas, e mais aulas. Falo como um vendedor de livros velhos tentando vender algo de bom. Entram e saem das salas. Mais pessoas. Mais cheiros e fico a solicitar a alguém alguma possibilidade de alívio. Volto pra casa, janto assisto televisão. Fumo poucos cigarros, me deito no sofá, vejo os gols da rodada, assisto algum filme mediano, penso e não extraio nada, a não ser as mesmas coisas de sempre. Deito-me, penso no que vou fazer no próximo dia, saio em repouso e sonho com mulheres de todos os tipos, gordas, magras, negras, brancas, amarelas...enfim tudo se mistura e quando me vejo, estou novamente me pé com a cara amassada e remelento.
Fazer café tomá-lo, ver e-mails, pensar no almoço. E assim segue o curso dessa vida. Nada de novo a não ser a mesma falta de tempo...