Embarque
Entre entreveros e empurrões os olhos se foram para o ralo, agora só resta um borrão negro na face solitária deste imundo e intransigente homem.
Hoje pessoas, amanhã o silêncio. O completo silêncio. Mãos dadas no meio do turbilhão e uma inexpressiva esperança. A mesma? Outras? Esperanças. Esperanças e mais esperas.
Por muito tempo fugi de mim mesmo na pobre possibilidade de encontrar um outro eu. Mas o que quero mesmo é poder amar, me entregar de carne e espírito a alguém. Pecar por isto?
Sabe, talvez sim. Hoje não mais amor preenche os caminhos de todos e sim outras situações. Eu me zerei, fui ao fundo onde antes não tinha chegado nunca, e esse ano vai se encerrando e chego no limiar. No fim, no limite. E um despenhadeiro afim de jogar-me mais uma vez só. Novamente com outros me encontro no descompasso da vida, e por que queria que fosse diferente?
Quais são as minhas vontade de vida? Sexo? Apenas isso?
Hoje mais do que nunca a imensidão das possibilidades se apresentam a mim. A urbe e a possibilidade de ir além, mesmo sabendo que chegaremos num novo limiar.
Fim de mais um ano. Lembro dos outros fins, confins, afins, serafins. E retorno minha atenção para as responsabilidades do dia-a-dia, alguns diriam que fujo assim, mas a realidade apresenta-se assim. Que fazer?
Mas algo novo brota, um novo lugar e pessoas que ajudaram-me neste ano de bosta. Permeado por lágrimas e envolto em braços cai num sono profundo, sonhei, tive pesadelos escuros e úmidos, meus pés doíam com o número do sapato que calçava. Eram uns três números a menos do que estou acostumado a usar e com a umidade ia rasgando a pele de meus cansados pés. O couro quando secava diminuía de tamanho e ia apertando até eu gritar. Esmurrar o vento imaginando um adversário mais forte que eu e quando ele me esmurrava eu gozava, mas não deixava por menos. O esmurava de volta a engastar meus punhos naquela imunda face.
Uma embassidão na vista, manchas. Pareço mais que nunca um trapo, mas vou construindo meu conceito de sorte, amor, liberdade, vida. Cerveja, cigarros, café, arroz e feijão, sal, alho, cebola, bife acebolado com fritas, pinga, suor. Pessoas que reaparecem depois de anos sumidas e num espaço de tempo retornam com um "alo".
Nada além de impressões e sugestões. Caminhar ainda. Hoje e sempre.
Correr é preciso.
Por hoje basta. Texto, anti-inflamatório, discussões, frases encarceradas na garganta e uma imensa vontade de gritá-las ao ar.
Mais uma vez deixado ao léu de toda as situações. Mais uma vez esperando no banco da estação de trem. Mais uma vez meu fígado espera para ser transplantado,. Mais uma vez, mais uma vez.
Vezes porém eu espero, vezes porém eu fujo. Todos os dias eu cuspo na própria face, e usualmente eu tento cumprir minhas tarefas, diariamente eu tento e tento e até arrisco a dizer que consigo fugir, e vou ao encontro dos meus próprios testículos.
A quilômetros de distancia das exasperativas situações, a metros do que poderíamos dizer...Um novo homem.
Tarefas
Desembarque
quarta-feira, novembro 30, 2005
terça-feira, novembro 29, 2005
sem mais para o momento
Intransigência. 1. Falta de transigência; intolerância. 2. Austeridade de caráter; severidade
quinta-feira, novembro 24, 2005
Ritual
Embarque
O ritual é o mesmo. Sentar e fingir pairar sobre minhas visões de mundo e da vida miserável que todos levamos com exceção ao sexo. Em se tratando de sexo, sei que não finjo.
Pode ser numa taberna escura, num ônibus num dia cinza, como as cinzas que um dia irão nos compor, ou num dia de calor estafante, num bar, banheiro, cozinha, cinema, parque, enfim, em todos e muitos outros lugares sento e finjo repousar meu corpo nas minhas lembranças. Estas últimas compreendo às vezes muito mais quando minto, ou seja, quando manipulo tais experiências na forma de um pobre texto como este.
Dias desse me parei pensando se não deveria escrever sobre isto ou aquilo, tentando criar um mosaico de alguma coisa que valha a pena e me contemple como um principiante na arte de escrever.
Como dito anteriormente, navego pelo mar dos estilos a não achar o meu estilo. E será que o acharei? Pouco importa!
A este altura do campeonato o tiro de largada já foi dado e espero impacientemente os vencedores chegarem ao final do percurso felizes por suas vitorias.
E todo momento de total introspecção mergulho nas lembranças e me deparo com o mesmo problema – a extensão da coisa. Tal como prolongar o coito na felação. E falando em coito...nossa que vontade.
E já vou cercando o assunto, dando voltas, girando em torno dele e me encontro novamente extenuado e insatisfeito. Mas já que o cerco vamos destrinchar o mesmo, tática de jack – o estripador. Parte por partes., compondo o todo.
Falava anteriormente em estender o tal do texto de forma que não soasse chato, nem pedante, mas um pouco cativante.
Isso?
Sim era isso...não a vocês mas a mim que pensava sobre as diversas maneiras de preparo do espírito ao ato da exposição textual.
E quando vou-me afundando nas tais formas e nos conteúdos que foram programados, penso no ato sexual...já que assim é vamos a ele e não mais a nada.
O que nos resta nesta a não ser um par de lindas tetas e pernas, uma voluptuosa e simpática bunda? O que resta nessa vida?
Para mim aquele momento que me deposito dentro de uma vulva quente, seja lá com mãos, pés, falo, língua, dedos, enfim quando entro e me enterro no espectro mais incompreensível e incomensurável do homem. O ato sexual.
Sou um amante disto, recorro ao sexo para viver como um sujeito pulsante em todas as formas do próprio ser. Do meu ser, do meu viver.
Carregado ou não de significados, pouco importa. E é nisso que a coisa esquenta, pois por dia vasculho em todos os lugares os diversos animais que compõem a flora humana e assim os penso relinchando quando estão nús. Mulheres!
As mulheres são como as formigas que trabalham insistentemente. As vejo carregando pastas, malas, bolsas, cadernos, folhas. Uma infinidade de papéis, relógios, tralhas, badulaques...tralhas mesmo por assim dizer. A todas que consigo ver, caminho por elas. Persigo seu andar por suas formas, de forma a brincar com minhas imaginações na possibilidade de passear minha língua por tais lugares. Não as vejo como pedaços de carne num frigorífico, se fores me acusar de machista o façam. Não me importo. Me importo sim com elas, todas elas dispostas como estátuas lindas e vivas, lógico que vivo como animais que são e felizes por respirarem e por cagarem como todos cagamos e felizes que somos, pulamos e uivamos de alegria à porta de mais um orgasmo.
Relinchar como cavalos que com seus grandes falos introduzem em grandes vulvas, criando a vida e o prazer a todos que pedem por vida.
Mulheres!
As amo de forma tão incondicional que percebo em seu bailar se estas podem levar jeito para a coisa, ou não. Se é que me entendem.
Uma vez a muito tempo, um amigo assaltante disse que roubavam no centro da cidade, mas que percebiam a quem iriam abordar a partir do ato de andar. O princípio é o mesmo. Observar.
Observo cada gesto, cada toque, cada passada de perna e traço minhas idealizações, achando se esta ou aquela garota é afeita à entrega total.
É lógico que tudo isso é por demais superficial para traçar um paralelo entre o ato de andar e o ato sexual em si. Mas quem se importa com isso?
Tudo não deixa de ser idealização e devaneios. Mas que faço, sim isso eu faço.
Colho cada centímetro de quem me chama a atenção e fico a brincar com meus miolos na vã possibilidade de saber o que se passa naquele corpo nu. Dias desses passava pela praça da República e vi. Caralho! Que jeito de andar. Parecia esmagar todos os homens da face desta pobre terra com aquele suave, mas delicioso andar. Estava sentado comendo um acarajé e a linda mulher passou pelas minhas costas. Séria como estava e bem vestida poderia ser alguma sei lá o que de algum escritório das redondezas...E como era redonda aquela bunda, e as pernas roliças tolhiam a todos. Uma beleza ímpar. Fiquei observando extasiado a figura daquela mulher. Ao passar pelas minhas costas observei seus olhos penetrantes. Não preciso nem dizer que não se penetravam em mim, mas penso que deveriam penetrar nalgum problema cotidiano que ela deveria ou resolver.
Pensei em Ter um dia um particular com a tal. Destes particulares, mas bem particulares mesmo. Ela parecia um grande tanque deste de guerra que saem de algum pântano lamacento como se tivessem passado por um mar de rosas. Como era estrategicamente bélico seu andar, parecia atiçar a guerra com aquele certo molejo. O mais impressionante talvez fosse que a mesma não se percebia de tal poder, tão inserida num qualquer problema que daria cabo. E foi-se...sumiu no mar de gente que se aglutinava para ver um senhor de grande barba que esmurrava a bíblia e dizia frases satânicas a socar seu enorme punho na capa do livro sagrado.
O que escreveria mesmo?
Esqueçamos isso. Amanhã é um novo dia.
Desembarque
O ritual é o mesmo. Sentar e fingir pairar sobre minhas visões de mundo e da vida miserável que todos levamos com exceção ao sexo. Em se tratando de sexo, sei que não finjo.
Pode ser numa taberna escura, num ônibus num dia cinza, como as cinzas que um dia irão nos compor, ou num dia de calor estafante, num bar, banheiro, cozinha, cinema, parque, enfim, em todos e muitos outros lugares sento e finjo repousar meu corpo nas minhas lembranças. Estas últimas compreendo às vezes muito mais quando minto, ou seja, quando manipulo tais experiências na forma de um pobre texto como este.
Dias desse me parei pensando se não deveria escrever sobre isto ou aquilo, tentando criar um mosaico de alguma coisa que valha a pena e me contemple como um principiante na arte de escrever.
Como dito anteriormente, navego pelo mar dos estilos a não achar o meu estilo. E será que o acharei? Pouco importa!
A este altura do campeonato o tiro de largada já foi dado e espero impacientemente os vencedores chegarem ao final do percurso felizes por suas vitorias.
E todo momento de total introspecção mergulho nas lembranças e me deparo com o mesmo problema – a extensão da coisa. Tal como prolongar o coito na felação. E falando em coito...nossa que vontade.
E já vou cercando o assunto, dando voltas, girando em torno dele e me encontro novamente extenuado e insatisfeito. Mas já que o cerco vamos destrinchar o mesmo, tática de jack – o estripador. Parte por partes., compondo o todo.
Falava anteriormente em estender o tal do texto de forma que não soasse chato, nem pedante, mas um pouco cativante.
Isso?
Sim era isso...não a vocês mas a mim que pensava sobre as diversas maneiras de preparo do espírito ao ato da exposição textual.
E quando vou-me afundando nas tais formas e nos conteúdos que foram programados, penso no ato sexual...já que assim é vamos a ele e não mais a nada.
O que nos resta nesta a não ser um par de lindas tetas e pernas, uma voluptuosa e simpática bunda? O que resta nessa vida?
Para mim aquele momento que me deposito dentro de uma vulva quente, seja lá com mãos, pés, falo, língua, dedos, enfim quando entro e me enterro no espectro mais incompreensível e incomensurável do homem. O ato sexual.
Sou um amante disto, recorro ao sexo para viver como um sujeito pulsante em todas as formas do próprio ser. Do meu ser, do meu viver.
Carregado ou não de significados, pouco importa. E é nisso que a coisa esquenta, pois por dia vasculho em todos os lugares os diversos animais que compõem a flora humana e assim os penso relinchando quando estão nús. Mulheres!
As mulheres são como as formigas que trabalham insistentemente. As vejo carregando pastas, malas, bolsas, cadernos, folhas. Uma infinidade de papéis, relógios, tralhas, badulaques...tralhas mesmo por assim dizer. A todas que consigo ver, caminho por elas. Persigo seu andar por suas formas, de forma a brincar com minhas imaginações na possibilidade de passear minha língua por tais lugares. Não as vejo como pedaços de carne num frigorífico, se fores me acusar de machista o façam. Não me importo. Me importo sim com elas, todas elas dispostas como estátuas lindas e vivas, lógico que vivo como animais que são e felizes por respirarem e por cagarem como todos cagamos e felizes que somos, pulamos e uivamos de alegria à porta de mais um orgasmo.
Relinchar como cavalos que com seus grandes falos introduzem em grandes vulvas, criando a vida e o prazer a todos que pedem por vida.
Mulheres!
As amo de forma tão incondicional que percebo em seu bailar se estas podem levar jeito para a coisa, ou não. Se é que me entendem.
Uma vez a muito tempo, um amigo assaltante disse que roubavam no centro da cidade, mas que percebiam a quem iriam abordar a partir do ato de andar. O princípio é o mesmo. Observar.
Observo cada gesto, cada toque, cada passada de perna e traço minhas idealizações, achando se esta ou aquela garota é afeita à entrega total.
É lógico que tudo isso é por demais superficial para traçar um paralelo entre o ato de andar e o ato sexual em si. Mas quem se importa com isso?
Tudo não deixa de ser idealização e devaneios. Mas que faço, sim isso eu faço.
Colho cada centímetro de quem me chama a atenção e fico a brincar com meus miolos na vã possibilidade de saber o que se passa naquele corpo nu. Dias desses passava pela praça da República e vi. Caralho! Que jeito de andar. Parecia esmagar todos os homens da face desta pobre terra com aquele suave, mas delicioso andar. Estava sentado comendo um acarajé e a linda mulher passou pelas minhas costas. Séria como estava e bem vestida poderia ser alguma sei lá o que de algum escritório das redondezas...E como era redonda aquela bunda, e as pernas roliças tolhiam a todos. Uma beleza ímpar. Fiquei observando extasiado a figura daquela mulher. Ao passar pelas minhas costas observei seus olhos penetrantes. Não preciso nem dizer que não se penetravam em mim, mas penso que deveriam penetrar nalgum problema cotidiano que ela deveria ou resolver.
Pensei em Ter um dia um particular com a tal. Destes particulares, mas bem particulares mesmo. Ela parecia um grande tanque deste de guerra que saem de algum pântano lamacento como se tivessem passado por um mar de rosas. Como era estrategicamente bélico seu andar, parecia atiçar a guerra com aquele certo molejo. O mais impressionante talvez fosse que a mesma não se percebia de tal poder, tão inserida num qualquer problema que daria cabo. E foi-se...sumiu no mar de gente que se aglutinava para ver um senhor de grande barba que esmurrava a bíblia e dizia frases satânicas a socar seu enorme punho na capa do livro sagrado.
O que escreveria mesmo?
Esqueçamos isso. Amanhã é um novo dia.
Desembarque
quarta-feira, novembro 23, 2005
Sabedoria
"Buscamos preencher o vazio de nossa individualidade e por um breve instante desfrutamos da ilusão de estarmos completos. Porém, é só uma ilusão: o amor une e depois divide."(Lawrence Durrel)
psiu
Embarque
Hey!
Psiu! Nós conseguimos fugir!
Pra onde mesmo? Ninguém consegue dizer.
Digo nós?
Como assim nós?
Nós para quem cara pálida?
Bom foda-se...
Volta tudo!
Hey psiu!
Você mesmo, viu o carro que passou aí ao lado de ti?
E viu a placa dele?
Queria ter pego aquela carona e caído fora. Mas o fim tá chegando e não vou precisar mais de carona pra fugir de meus próprios medos.
As mudanças se processaram. Novas perspectivas de situações.
Saindo de uma sala cheia e com monte de olhares percustrativos a enlaçar numa nova situação novos....novos o que mesmo, qual seria o início disso tudo mesmo?
Raizes
raiz
Fundo
Fundição
Religação noutro contexto!
Desconexo, copletude, inserção, confusão, solução...
Desembarque
Hey!
Psiu! Nós conseguimos fugir!
Pra onde mesmo? Ninguém consegue dizer.
Digo nós?
Como assim nós?
Nós para quem cara pálida?
Bom foda-se...
Volta tudo!
Hey psiu!
Você mesmo, viu o carro que passou aí ao lado de ti?
E viu a placa dele?
Queria ter pego aquela carona e caído fora. Mas o fim tá chegando e não vou precisar mais de carona pra fugir de meus próprios medos.
As mudanças se processaram. Novas perspectivas de situações.
Saindo de uma sala cheia e com monte de olhares percustrativos a enlaçar numa nova situação novos....novos o que mesmo, qual seria o início disso tudo mesmo?
Raizes
raiz
Fundo
Fundição
Religação noutro contexto!
Desconexo, copletude, inserção, confusão, solução...
Desembarque
sábado, novembro 19, 2005
período e extensão
Como dito antes. Que a vida seja mais vivida e por mais sofrida que seja, se torna mais vida.
sexta-feira, novembro 18, 2005
asfalto quente
Embarque
A vários anos vinha notando o caminhar que venho percorrendo na procura por um lugar mais aprazível. Pensei ter achado minha casa, pensei estar desamparado muitas vezes e só caminhei por inúmeros vales a procura de alguma coisa.
E por tempos pensei ter me perdido nos braços do mundo que me afagava com pétalas de rosas manchadas de sangue a qual eu deveria sugar estes corrimentos, ou melhor, os próprios ferimentos que eu mesmo tinha produzido.
Pensei ter alcançado a paz de espírito, mas o mesmo se mostrou apenas um momentâneo caminho. E corria desesperadamente, desenfreadamente aos braços de quem pudesse acudir-me em dias de tempestades. Não queria mais levantar da cama e viver – fugia da minha própria respiração, acalentando vapores escuros que inundavam minha lucidez e as lágrimas escorriam pela face cansada deste homem.
Cai e levantei trocentas vezes, pegava um pires com seiva das folhas mais amargas e bezuntava meu corpo na esperança do desprezo total e irrestrito para o mundo. Notícias iam e vinham e não parava de entupir-me de raiva e desesperança. Um pequeno homúnculo me tornei e fugindo da minha essência fui caminhando na esperança de encontrar algum tipo de veio d’água que lavasse um corpo tão cansado como este se tornará. E afim de esperar o maldito bem absoluto me reconheci novamente, me achei.
Encontrei-me onde nunca esperava que fosse encontrar. E não falo de sexo, mas sim de um conflito interno alimentado mais pelo meu medo do que por situações. Tudo podia naquele que a mim tinha ensinado a viver, a própria história de dor tinha talhado a ferro e fogo a lembrança e não mais iria choramingar pelos cantos da vida esperando o tão proclamado dia da salvação desta alma.
Ao grudar meu tempo presente na história vivida achava minha possibilidade de vida, de vitória, de saída. E do últimos dos rebentos da corja humana achei o pão que alimentará meu correr pelos campos verdejantes de nossas vidas. Caí e de uma vezes por todas esfolei meu corpo ao asfalto quente que corroía primeiramente minhas vestes e depois minha pobre carne.
Levantei nu e desperto para mais segundos e minutos. Para mais vida e conflito. Para mais dor. E como sempre digo, "que a vida seja vivida, e quanto sofrida se torna vida."
O ministério da saúde advertiu. Somos, fomos e seremos todos abortados espontaneamente! E ainda seremos todos queimados e ingeridos de volta à terra.
Assim queriam os deuses, e assim retornaremos ao útero quente e aprazível de nossas mães.
Como dito antes. Que a vida seja sofrida e por mais vivida que seja, ela sempre será sofrida.
Desembarque
A vários anos vinha notando o caminhar que venho percorrendo na procura por um lugar mais aprazível. Pensei ter achado minha casa, pensei estar desamparado muitas vezes e só caminhei por inúmeros vales a procura de alguma coisa.
E por tempos pensei ter me perdido nos braços do mundo que me afagava com pétalas de rosas manchadas de sangue a qual eu deveria sugar estes corrimentos, ou melhor, os próprios ferimentos que eu mesmo tinha produzido.
Pensei ter alcançado a paz de espírito, mas o mesmo se mostrou apenas um momentâneo caminho. E corria desesperadamente, desenfreadamente aos braços de quem pudesse acudir-me em dias de tempestades. Não queria mais levantar da cama e viver – fugia da minha própria respiração, acalentando vapores escuros que inundavam minha lucidez e as lágrimas escorriam pela face cansada deste homem.
Cai e levantei trocentas vezes, pegava um pires com seiva das folhas mais amargas e bezuntava meu corpo na esperança do desprezo total e irrestrito para o mundo. Notícias iam e vinham e não parava de entupir-me de raiva e desesperança. Um pequeno homúnculo me tornei e fugindo da minha essência fui caminhando na esperança de encontrar algum tipo de veio d’água que lavasse um corpo tão cansado como este se tornará. E afim de esperar o maldito bem absoluto me reconheci novamente, me achei.
Encontrei-me onde nunca esperava que fosse encontrar. E não falo de sexo, mas sim de um conflito interno alimentado mais pelo meu medo do que por situações. Tudo podia naquele que a mim tinha ensinado a viver, a própria história de dor tinha talhado a ferro e fogo a lembrança e não mais iria choramingar pelos cantos da vida esperando o tão proclamado dia da salvação desta alma.
Ao grudar meu tempo presente na história vivida achava minha possibilidade de vida, de vitória, de saída. E do últimos dos rebentos da corja humana achei o pão que alimentará meu correr pelos campos verdejantes de nossas vidas. Caí e de uma vezes por todas esfolei meu corpo ao asfalto quente que corroía primeiramente minhas vestes e depois minha pobre carne.
Levantei nu e desperto para mais segundos e minutos. Para mais vida e conflito. Para mais dor. E como sempre digo, "que a vida seja vivida, e quanto sofrida se torna vida."
O ministério da saúde advertiu. Somos, fomos e seremos todos abortados espontaneamente! E ainda seremos todos queimados e ingeridos de volta à terra.
Assim queriam os deuses, e assim retornaremos ao útero quente e aprazível de nossas mães.
Como dito antes. Que a vida seja sofrida e por mais vivida que seja, ela sempre será sofrida.
Desembarque
domingo, novembro 13, 2005
corre-corre
Embarque
Um corre corre incompreendido na rua, e ninguém observa a candura de um olhar perdido na imensidão da cotidianeidade. É sempre assim. Todo mundo se perde no corre-corre de suas comiserações e ficamos observando apenas o próprio corre-corre dos piolhos aos nossos sujos umbigos.
O sexo. Ah!
O maldito sexo que irrompe meu sono e faz-me acordar e pedir por erupções que se enfilam na memória e as vou catalogando para quando só estiver n'algum lugar possa brincar com tais devaneios.
De memórias a lugares ainda não visitados caminho pelo pátio negro com uma garoa fina a depositar-se nas camadas mais sujas de minha pele.
Parem! Um grito surrado corre, e pede que todos parem!
por favor parem com tudo. Eu preciso de um minuto de atenção, afim de mostrar o quão cansado estou apesar de ainda respirar, gostaria de não ouvir mais o alento de meu coração que insistentemente pulsa por vida.
Eu grito agora! Morte! A mesma passeia pelos caminhos já conhecidos da espécie humana e todos nós tememos como os cachorros temem a água. E como os democratas temem a turba insadecida por nada, apenas prazer.
Um gole de pinga, branca, alva e pura pinga. Ruim! É o que resta a beber ou sentir o gosto do nada da água.
Que seja amargo ou que desça por nossas entranhas a nos rasgar de tanta feldade e assim comprimi os elementos mais básicos da unidade humana. Dor, morte, miséria,. vida.
Meu deus como é ruim. As gotas descem como se fosse lava quente queimando o esôfago e depois o colo do estomago, ou seria outra ordem? Foda-se a isto. Neste momento nada importa a não ser uma pálida possibilidade de tirar a cabeça das esperanças.
Pobre de nós que esperamos a mal grado a chegada do carteiro com novas correspondências e um novo cartão de natal.
Apesar que um final de ano se aproxima e nosa comprimimos entre tarefas e problemas para dar cabo da falsa felicidade dos dias de hoje!
Como terminar...não sei apenas inflo mais uma vez o pulmão velho de guerra, encho o copo e espero o amanhã.
Lavar roupa, cozinhar, beber, fumar, trepar, cagar, amar, fugir, dormir.
Algo disso,com um pouco daquilo, num outro lugar, n'outro momento. Por outras impressões por outras situações.
Vida sempre. Por mais vida a mesma vida se torna ainda mais sofrida! E por mais sofrer queremos e desejamos um dia não mais sofrer e sim viver um mar de rosas. Não ele não chegará e raiará o dia que ainda na mesma rotina estaremos e ainda por sexo brigaremos.
O que vale na vida? Não sei. Ereções e espamos.
Por hoje basta!
Desembarque
quarta-feira, novembro 02, 2005
Same Diference
Embarque
Mudanças
A maldita espera! A tal das frases soam sempre iguais.
O segundo plano entra em fase de gestação numa forma pra lá de um pouco mais já testada e sou a cobaia.
Sempre quando criança me sentia como um apêndice de pessoas e em certas situações estas minhas impressões tornavam-se vivas .
E não é que acostumei-me com isso. E vos digo, não é de hoje que observo isso em pessoas que tentam explorar-me. Digo sem maniqueísmo qualquer. Mas percebo.
Sim!
Indiferença pelo amor, pela tentativa de algum dia construir algo. O que queremos ouvir? Sujeiras ou pieguiçes? O amor morreu há tempos. Sepultado espera ser diluído no solo e talvez um dia renascer.
É sexo que querem? É sexo que terão e sem prendimento algum. A bucela pela buceta em sí. Não mais em relação a uma situação idealizada na cabeça de um palhaço que macaqueia por atenção.
O macaquear cansa demais o humor!
Me quer? Peça!
E se não quiseres fuja, pois engulo a cada suspiro teu os filamentos de teus cabelos mais íntimos afim de comê-los ao sorver o vinho que verte de meu corpo.
Incompreendido afim de fugir deste miserável circo a qual estamos presos.
Gritei e não... Não escutaram-me. Prenderam-se ao que tenho no meio das pernas e se assim o querem...Assim o terão.
O músculo se infla de sangue esperando mais uma gruta fria a passear. E mais outra virá. E não espero nada além disto. O amor acabou, a paixão foi morta com um balde de água que corrompeu e chama e a transformou em cinza a ser digerida por terra e há algum dia retornará a algo classificável.
Não esperam mais comiserações de minha parte. Já chorei demais por todos nós e ninguém mais merece essa cretinice.
Quer pedir peça...mas não me espere mais. Estou só. Eu com meu botões e tudo mais o que te deixa mais tesuda e molhada nestes dias. Ao caminhar forjei um vagão de trem de encontro a uma buceta molhada que me espera. Sim!
Qualquer buceta!
Critérios? Pffffffffffffff, a vida já se revestiu criteriosa demais e aonde estou? Cá estou sangrando semém por amor...Patético!
Intoxicado pelos vapores da vida. A vida deixa um lastro tóxico por mais.
Queria deitar meu pau sobre a mãe terra e verter nela homens e mulheres de verdade. Não simples arremedos de gente medrosa e sem vontade de desgustar o semén da vida.
Sim...nojo é isso...consegui!
Tenho nojo e apreço por todos. Os odeio e os amo. Aos gritos vocifero calamidades históricas e cuspo a esperança de volta às tuas vestes de uma brancura nova.
Aspiraria o ar que saí de sua falésia afim de louco ficar e nunca mais a ela retornar. Sim, raiva!
Esperava o que disto? Desta carcaça. Não ache, ou melhor se impressione. Eu sou o porco que come e sempre comeu dos restos que deixados por ti a mim me felicitavam.Quão pobre sou.
Vejo o bambolear de um quadril na rua. Gostaria de engastar-me como um carrapato naquele grande transeiro e nunca mais de lá sair. Que meu mundo fosse aquelas duas grandes maçãs de carne quente e cheirosa. De um cheiro alvo e gordo. Gostoso e grande!
Passearia pela buceta molhada enquanto a proprietária da mesma de engancharia em alguém n'algum transporte público. Na medida que a mesma fosse sendo bolinada eu iria lentamente à sua buceta banhar-me de muco, que escorrendo de sua grande falha lavaria meu pequeno corpo de carrapato. Até o momento de seu banho ao qual me prenderia em teu cu. Fazendo gozar loucuras impronuncáveis ao morder aquela carne escura entumecida em saliva.
É sexo que querem é sexo que terão.
Sim eu mudei. Não me reconheces mais...é porque ausente esteve de mim. Ao leu fiquei e esperei. Por todos vocês esperei e ganhei um grande e sonoro NÃO. Não é possível. Não o sendo, não reclame de mim. Jamais reclame deste.
Já está na hora!
A coisa verte...sem filtro algúm...ou à alguma tentativa do mesmo. Cansado e ereto. O mastro se mostra vivo. E penso no carrapato preso a uma grande bunda. Sacolejando, passeando pela cidade num lugar tão bom e cheiroso e além disso extremamente carnudo. Ao extremo da carne, pelo extremo do falo!
Ao extremo de todas as estocadas que molham a boca dos úteros.
Sexo! É isso que querem. É isso que terão.
Gozem todos e gritem pelo soar das malfadadas tentativas do amar! Amo sempre. Sempre que possível...É claro.
Trânsito
Desembarque
Mudanças
A maldita espera! A tal das frases soam sempre iguais.
O segundo plano entra em fase de gestação numa forma pra lá de um pouco mais já testada e sou a cobaia.
Sempre quando criança me sentia como um apêndice de pessoas e em certas situações estas minhas impressões tornavam-se vivas .
E não é que acostumei-me com isso. E vos digo, não é de hoje que observo isso em pessoas que tentam explorar-me. Digo sem maniqueísmo qualquer. Mas percebo.
Sim!
Indiferença pelo amor, pela tentativa de algum dia construir algo. O que queremos ouvir? Sujeiras ou pieguiçes? O amor morreu há tempos. Sepultado espera ser diluído no solo e talvez um dia renascer.
É sexo que querem? É sexo que terão e sem prendimento algum. A bucela pela buceta em sí. Não mais em relação a uma situação idealizada na cabeça de um palhaço que macaqueia por atenção.
O macaquear cansa demais o humor!
Me quer? Peça!
E se não quiseres fuja, pois engulo a cada suspiro teu os filamentos de teus cabelos mais íntimos afim de comê-los ao sorver o vinho que verte de meu corpo.
Incompreendido afim de fugir deste miserável circo a qual estamos presos.
Gritei e não... Não escutaram-me. Prenderam-se ao que tenho no meio das pernas e se assim o querem...Assim o terão.
O músculo se infla de sangue esperando mais uma gruta fria a passear. E mais outra virá. E não espero nada além disto. O amor acabou, a paixão foi morta com um balde de água que corrompeu e chama e a transformou em cinza a ser digerida por terra e há algum dia retornará a algo classificável.
Não esperam mais comiserações de minha parte. Já chorei demais por todos nós e ninguém mais merece essa cretinice.
Quer pedir peça...mas não me espere mais. Estou só. Eu com meu botões e tudo mais o que te deixa mais tesuda e molhada nestes dias. Ao caminhar forjei um vagão de trem de encontro a uma buceta molhada que me espera. Sim!
Qualquer buceta!
Critérios? Pffffffffffffff, a vida já se revestiu criteriosa demais e aonde estou? Cá estou sangrando semém por amor...Patético!
Intoxicado pelos vapores da vida. A vida deixa um lastro tóxico por mais.
Queria deitar meu pau sobre a mãe terra e verter nela homens e mulheres de verdade. Não simples arremedos de gente medrosa e sem vontade de desgustar o semén da vida.
Sim...nojo é isso...consegui!
Tenho nojo e apreço por todos. Os odeio e os amo. Aos gritos vocifero calamidades históricas e cuspo a esperança de volta às tuas vestes de uma brancura nova.
Aspiraria o ar que saí de sua falésia afim de louco ficar e nunca mais a ela retornar. Sim, raiva!
Esperava o que disto? Desta carcaça. Não ache, ou melhor se impressione. Eu sou o porco que come e sempre comeu dos restos que deixados por ti a mim me felicitavam.Quão pobre sou.
Vejo o bambolear de um quadril na rua. Gostaria de engastar-me como um carrapato naquele grande transeiro e nunca mais de lá sair. Que meu mundo fosse aquelas duas grandes maçãs de carne quente e cheirosa. De um cheiro alvo e gordo. Gostoso e grande!
Passearia pela buceta molhada enquanto a proprietária da mesma de engancharia em alguém n'algum transporte público. Na medida que a mesma fosse sendo bolinada eu iria lentamente à sua buceta banhar-me de muco, que escorrendo de sua grande falha lavaria meu pequeno corpo de carrapato. Até o momento de seu banho ao qual me prenderia em teu cu. Fazendo gozar loucuras impronuncáveis ao morder aquela carne escura entumecida em saliva.
É sexo que querem é sexo que terão.
Sim eu mudei. Não me reconheces mais...é porque ausente esteve de mim. Ao leu fiquei e esperei. Por todos vocês esperei e ganhei um grande e sonoro NÃO. Não é possível. Não o sendo, não reclame de mim. Jamais reclame deste.
Já está na hora!
A coisa verte...sem filtro algúm...ou à alguma tentativa do mesmo. Cansado e ereto. O mastro se mostra vivo. E penso no carrapato preso a uma grande bunda. Sacolejando, passeando pela cidade num lugar tão bom e cheiroso e além disso extremamente carnudo. Ao extremo da carne, pelo extremo do falo!
Ao extremo de todas as estocadas que molham a boca dos úteros.
Sexo! É isso que querem. É isso que terão.
Gozem todos e gritem pelo soar das malfadadas tentativas do amar! Amo sempre. Sempre que possível...É claro.
Trânsito
Desembarque
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