quinta-feira, janeiro 05, 2006

Sonho

Embarque

A memória nos prega peças e sonhos por mais irrealizáveis que são se tornam tão concretos quanto qualquer ereção juvenil creditada ao amor de uma jovem de qualquer sala de aula (ou seria sela? pouco importa), que se distrai torneando mais suas pernas na frente de rapagotes afeitos a toques.
Sonhos! Sentir a realidade numa mistura de névoa de lembranças.
Teu hálito voltava a me tocar como as rochas são tocadas pelas ondas do mar e sentia o suave toque de suas mãos e os reconhecia pela textura que as mesmas tinham, e assim, segurava em meu membro enrijecido e completamente desprovido de roupa, e teus dedos passeavam pelo meu corpo como nunca mais este sentira em vida. Conseguia tocar teus seios e tua vulva que se encharcava a cada passeio de meu corpo pelo teu e sentia o tremer e os suspiros que saiam de sua enorme boca enquanto grudava meu lábios a seus lábios molhados e nos tornávamos uno e indivisível. Corria teu corpo como um playground do amor e sentindo a maciez e a temperatura de suas carnes ia me colocando em casa completamente afeito aos teus toques mais íntimos, e tu amor, passeava por mim, por tudo que possa parecer ou que fosse eu. Estava completamente a suas mãos e as sentia correr com propriedade toda vastidão nua de meu corpo e me fazendo uivar numa noite fria que afeitos ao amor, nossos corpos dançavam e cortavam a baixa temperatura, e sentia verter de sua boca as palavras mais sujas e lindas pronunciadas por uma boca que aumentava de tamanho e cada estocada de palavras que pronunciava e fosse como um falo ereto que se faz feliz ao adentrar uma buceta quente e molhada.
Sentia o correr de teus dedos as regiões mais guardadas de meu corpo e tocava a carne intima de meu corpo com tal propriedade que parecia manejar um instrumento muito além de conhecido e familiar. Destrava meu corpo duro e o abria completamente a suas mãos como um cirurgião abre com um bisturi qualquer ser, e passeava alegremente por este com uma única esperança, a de enlouquecer-me de prazer. Suas mãos tão afeitas ao meu corpo me tocava de um jeito tão sublime que achava lindo o manuseio que se fazia de mim, não apenas a imagem de posse de meu corpo, mas como me manuseava e ia abrindo todas as portas ao nosso prazer, se comprazendo a manter estas carnes quentes e pulsantes em suas mãos. Sentia o ir e vir de seu hálito e de quando em quando sentia a aspereza de seus doces lábios que juntos formavam uma ferramenta da completa e irrestrita entrega, seu hálito próximo a mim sugava este a dentro de ti.
Este hálito quente e característico que saía de sua boca uterina se pretendia um tempero a minha saliva e essa tua boca quente abaixo de sua nobre cintura era tocava pelos meus lábios e língua. Enquanto relinchava tal qual uma égua no cio eu brindava meus lábios com os teus lábios inquietantes que inquietavam minha língua e faziam com que ela trabalhasse insistentemente no emprego do prazer e em conjunto com meus dedos que passeavam pelas tuas grutas molhadas e refaziam o percurso como ordenastes minutos atrás, antes mesmo de eu tocar este lindo corpo que me apaixona a cada lembrança.
Morria a cada suspiro de prazer que você dava amor, sentia a flacidez de sua esponjosa carne que escondida está dentro de ti e morria a cada toque que dava em mim, a cada arranhão, a cada sublime beijo, a cada feroz chupada e a cada abraço quente e nu. A beijava como se fosse meu último dos beijos a dar-te e sentia o arfar de seus peitos em minhas mãos e quentes que estavam os apertava e pulava com seus bicos pontudos a frente, indicando quem os deveria chupar com propriedade tal que aumentavam de tamanho em contato com minha língua molhada e insinuante que fazia um caminho úmido deixando em ti um percurso dos meus toques e ainda assim não a ti cansava e me queria mais ainda.
Ai amor. Sugava a última gota do que vertia de suas entranhas a tentar alimentar meus membros e minha montanha de carne se predispunha sempre por ti, sempre que sentia o roçar de seu corpo ao meu já acordava afeito a tocar-lhe o útero, a boca, as mãos toda e qualquer parte deste lindo corpo a qual costumo chamar de meu também como sou a ti. Teu também.
Ao sentir o peso de seus seios com ele sentia já o brincar de seus lábios colando aos meus e meus braços entrelaçavam aos seus, minhas pernas as tuas, meus pés aos teus, mãos, dedos, olhos, carne, secreções.
Sentia quando passeava por ti o uivar de suas carnes a minha boca, e passeava com ela por tua linda vastidão a tocar-lhe profundamente onde quer que fosse e degustava teus odores e gostos como que nunca os tivesse sentido, e sempre da primeira a última vez sentia descer pela minha garganta sempre um pouco de ti. Eu a comia com prazer e propriedade e ela me fodia com tesão e certeza de que eu a amaria para sempre. Me alimentava destas secreções que vertiam de nossos corpos e sentia novamente o seu tocar. O sublime tocar de seus dedos a minhas partes mais íntimas e passeava por estas com tal certeza de que iria enlouquecer-me que amava isto, entreguei-me nisto e meu peito arfava por estes toques, sabia do que fazia como fazia e onde deveria apertar e meu corpo modificava de tamanho para seu delírio e localizava seu sorriso a me contemplar.
Estava a suas mãos entregue sem armas, sem resistências e sentia apenas meu falo rijo e pulsante a pedir pelo abraço das pétalas de suas carnes intimas e isso se fez de maneira tão sublime que uivamos a noite inteira e rimos como dementes a boca do nosso orgasmo e quando a ele chegamos um enorme rasgo ela fez em mim como que pretendendo fazer brotar outro pênis pois ela queria que eu fosse mais de um.
A ergui. Novamente brinquei com os bicos sisudos de seus peitos que pesados que estavam pareciam necessitar de um toque de minhas mãos e sentia ainda o nosso verter por entre nossas pernas. E junto as suas pernas novamente deitei minha boca a seus lábios uterinos quentes e tateava aqueles com vigor a deixando louca e refazendo o caminho de meu falo, mas agora com minha língua e dedos. A chupava com amor, raiva, ódio, tesão, com um fulgor dos deuses. A chupava buscando o seu gozar em mim, na minha boca como que seu bebesse água numa bica, eu bebia ela pelo ventre quente que se aprazia a cada passeio de língua que dava por este lugar e meus dedos pacientemente tocavam a carne escondida de seu corpo. A achei. Destravei-a, sentia ela entregue como entregue estive, e sua boca aumentava de tamanho e observava como linda estava quando colado a boca uterina eu estava, e como agarrava os lençóis a cada passeio meu por suas quentes carnes. Até que esguichou-se em mim e prendeu minha cabeça ao meio de suas pernas como que ordenando nunca mais retirar-me de sua vida, e eu a observava e a seu quadril que volteava e rebolava insistentemente prendendo minha cabeça a ponto de deixar-me sem fôlego e totalmente molhado.
Minha língua cansada que estava foi delicadamente tocada pela sua. Ela enxugava a umidade de minha boca com suaves beijos e ia refazendo minha consciência com palavras de amor e ainda me tocando como que me introduzindo novamente naquilo.
Finalmente, sentia o nosso adormecer ao raiar do dia, da fresta da janela observava o mundo voltando ao seus eixos e eu me ajeitava docemente ao meu eixo, colando meu quadril ao dela, sentia que aquilo era o meu lugar e ao raiar do sol deste dia, raiaríamos juntos a mais uma odisséia do sexo e amor.

Desembarque

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