Embarque
00h15. Editor de texto aberto afim de receber palavras e mais das mesmas. Da minha caixola um enorme vazio, faço e refaço caminhos perpassando todos os pontos que precisam ser melhorados mas não consigo transformar todos pontos em texto. E fujo pra liberdade de outro tipo de escrita.
Sim eu iria escrever coisas hoje a noite, já vi que dessa noite nada brotará, e olha que ao esfregar e enxaguar os pratos o arcabouço estava todo montado na memória, mas paciência. Amanhã é um outro dia, e quem sabe consigo fugir da estagnação criativa que me aflige a alguns meses.
E estes dias tem sido todos bem difíceis. Vontades que sufocam meu corpo, e como um faminto que não quer comer eu me resigno e tento respirar e dar tempo ao próprio tempo, que de tanto tempo já comeu meu tempo no passado. O ar às vezes parece tão pesado que como toneladas de rochas parece comprimir meu corpo e minha visão fica turva.
Nós, todos nós caminhamos a passos certos rumo ao desconhecido e este tal desconhecido pode ser tão morno, sem graça e infinitamente amorfo.
Todos sonham e bocejam momentaneamente sempre que possível...e...por onde se escorregaria mesmo estas palavras?
Tsc, tsc, tsc.
Fim...eu sou amorfo!
Desembarque
quinta-feira, abril 20, 2006
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