domingo, dezembro 26, 2004

O mestre, ainda na sessão, os criadores...

Embarque


"Sou eu, mulheres: meu caminho eu traço, sou acre, ríspido, indissuadível, grande, mas eu as amo e não as faço sofrer além do quanto voçês acham bom, pingo a semente que há de dar início a filhos e filhas para estes Estados, empurro com lento músculo rude, abraço com eficácia, não dou ouvido a exigências, e não faço menção de retirar-me sem ter antes depositado e bem o que tanto se acumulava em mim."

Walt Whitman


Desembarque

sábado, dezembro 25, 2004

Salve Fernando!

Embarque

Eu amo tudo o que foi

EU AMO TUDO o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

Fernando Pessoa



Desembarque...eu giro em torno do mundo

sexta-feira, dezembro 17, 2004

desgaste

Embarque

E mais um ano se ai, como se fosse água a escorrer pelas minhas mãos. Fico me perguntando se um dia, ou melhor, como isso vai acabar.
Onde afinal e como isso vai acabar? Cada um com seu inferno astral que de semanas a semanas circundam a necessidade por algum gole de algo que valha realmente a pena.
Dezenas de semanas e meses, centenas de dias para provar que é tudo um circo.
O desespero que nos abate não foi muito diferente do que abateu sobre nossos entes queridos a alguns anos atrás?
Escolhas.
As vezes eu me canso de mim mesmo, e da forma como penso conduzir as coisas da vida. Me acho tão sublimemente austero e indissuadível que dá gosto a quem não me conhece. Projetar essa responsabilidade sobre meu próprios ombros.
Também não sou um sujeito reclamão e mimado que fica a choramingar os reveses mais estomacais da vida. Engulo tudo a seco, sapo a sapo, gota a gota. Trilhar a incerteza da vida é dificil e na verdade cansa muito, sair desse cárcere que o olhar determina.
Se mais algumas cervejas existissem, lhe garanto o teor destas poucas linhas seria outro. Seria necessariamente algo talvez um pouco mais viscoso que a nossos dedos escorressem...ah baby please don't go!
Preciso alterar a minha própria interpretação. Senão logo menos, como diz uma amiga, estarei sem fôlego para continuar.
Sinto informar, mas a estrutura de tal indivíduo não anda nada bem.
Meses, semanas, dias, horas, minutos, segundos e passam, passam, passam, e eu aqui sentado a tentar versar sobre a minhas (i)responsabilidades.
Admito a sede se abateu sobre a minha carcassa podre. E no decorrer deste ano o que mais senti foi sede e pareco não ver o oasis. Mas isso é apenas uma interpretação.
Não me levem a mal, mas muitas vezes gostaria que o mundo sumisse, e que eu ficasse a gravitar sobre uma poeira cósmica que bilhões de anos depois convencionou-se Terra. Apenas acompanhar com meu esgasgar o desenvolvimento do egoísmo e da podridão.
Mas algo de bom há de vir...e se eu a vir...logo ali na esquina correrei a seu encontro, mesmo que para levar um soco na boca do estomago, e assim perderia a respiração e os transeuntes ficariam a me observar estupefatos pela falta de força que tenho.
Acredito no bom! No beijo e no amor!
Mesmo que fique com falta de ar de tanta preguiça de beber o suco da nossa vida.
Que droga! Isso é bom pra voçê? Já testou todas as capacidades do que pareca ser a concreticidade da vida? Se não testou nem tente, não conseguiremos caminhar pelas praias banhadas pelo muco que verte de nossos corpos. Ah, e por favor me avise quando algum dia que valha a pena amanhecer...mesmo assim e atropelando tudo isso, amo viver.
Mesmo de mau humor e afim de uma cordinha estar desgastada dando voltas no meu pescoço.
Taque o foda-se, chute o balde, pendure a chuteira. Corra de encontro, as ondas não machucarão, apenas gostaria que elas me lavassem e me levassem a outros lugares.

Desembarque

segunda-feira, dezembro 13, 2004

Incompleto e Insatisfeito

Embarque

Insatisfação

Algumas cervejas e talvez a possibilidade de viajar ao infinito.
Esquecer desta vida, mas almejando outra. Algumas cervejas cairiam bem neste momento que escorre pelos meus dedos e nõa consigo nem me satisfazer com essa pretensa dúvida de vida.
Um espelho reflexivo da minha alma a todo momento se constrói nas expressões que são vistas em meu rosto cansado.
Linhas e mais linhas sem explicação alguma, sem contemplação.
Hoje é um daqueles dias que se concretiza na impossibilidade de estar n'outros lugares.
Não queria estar aqui! Talez só, sim...mas em ooutra localidade. Talvez assim com outros horizontes, hoje o dia poderia se transvestir em algo mais contemplativo a mim mesmo.
Eis, ele ali nú. E triste, mas ainda com um gosto amargo na boca e uma esperança por mudar, pelo deve devir que o contemple.
Meras linhas numa tarde sem graça.

Incompleto

Desembarque