segunda-feira, janeiro 24, 2005

A dor anunciasse na forma de amor

Embarque


Sono tão bem esperado e pouco sonhado.
Venho nestes últimos por intermédio desta página explicitando alegrias e angústias de um jovem de classe baixa paulistana, por meio de textos, poemas e tudo mais que tenho ao alcance de minhas mãos e que necessariamente tenha uma familiariadade com tais ferramentas.
Mas do que é que estou a falar, ou melhor, a escrever.
Esqueça
Mais fácil rasgar a flor de tanto cuidá-la, de tanto adubá-la, ela apodreceu.
Sono e cansaço, indiposição e a solidão.
Terra, água, fogo e ar.
Desarranjo, entendimento e supresa.
Eu quero entender. Linhas sem ordem alguma.
Crônicas de um amor louco e morto.
O sinos tocam, minha dor anunciasse na forma de amor.

amor...
amor sublime amor, que a todos sangra
numa hora ou n'outra
amor apodrecido amor, foge e se lança no mar de dor
amor desesperado amor, a respirar e a tanto sufocar de amar
suma amor! Deus da não-razão, da disposição e da vontade de vida.
Parta diante de mim e deixe apenas a lembrança da dor!
Amor sublime amor, que a mim sangra e escapa a mão alheia
Quimera da vida vivida, escolhida, amada, sujeita a intempéries do meu humor.
Afago-lhe, e de minhas cansadas mãos brota o adubo de seus sonhos
e de meus olhos, a morte que concretizará nossas vidas.
Rumo ao firmamento, amor.
Rumo a desgraça, miséria
Solidão, amor.
Amor sublime e exasperado amor
a rasgar nossos corpos dispostos por amor
e de amar e ser amado
tocar e ser tocado
fugir e ser rasgado
chorar e ser beijado
norteado, desnorteado... ilusão, interpretação. Significados.
fim.

Desembarque

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