segunda-feira, março 21, 2005

Perguntas e respostas, perguntas e respostas

Embarque


Num momento no escuro nunca tinha visto tanta luz a escurecer-me a vista de tanto iluminar e de tanto cegar a fazer meu coração pulsar mais forte do que mil bate estacas que se fincam ao solo para a fundação se estabelecer e assim segurar edificios mal construídos.
A garganta rasgando a cada descida de saliva lembra-me de que eu também por várias vezes gostaria de despir de mim mesmo, e por várias vezes eu sonho com a derrocada do ocidente que infla os pulmões a pedir por férias e um pouco de oxigênio vendo a ruína se transferir dos sonhos para as nossas vidas.
Também cansei de ser eu mesmo no sentido de semear ainda neste corpo a lembrança e a esperança de que dias melhores virão a garganta arranhada me lembra que não e joga este corpo de volta ao chão na esperança de acordar deste espécie de transe.
O ponteiro vermelho não cessa de estacar em a lembrança de que o tempo está passando e talvez assim eu consiga ultrapassar estes obstáculos e não mais adubar, semear, esperar a bonanza.
Me acostumei com o silêncio como prova a ser usada contra mim mesmo e quanto a isto estou vacinado e ciente da fraqueza do mundo e da impossibilidade dos vôos. Vácuo e silêncio são morte duas categorias provadas por mim sempre. A bem dizer muitas vezes pressenti a morte sendo provado com a argumentação do vácuo, silêncio. Eu sei.
Perguntas e respostas, perguntas e respostas mas nada certo a não ser o medo, fraqueza e ainda esperançar.
Nada disso! Caminhar. Voltar a trilhar, ou melhor, a ser o caminho da luta transformando-se no que eu mesmo sou. O caminho.
Sou o senhor da minha felicidade, talho em mim todos os dias a lembrança das minhas possibilidades e da força que jaz neste corpo.


Desembarque

Um comentário:

Anônimo disse...

http://www.olhares.com/galerias/detalhe_foto.php?origem=1&id=135836