terça-feira, julho 13, 2004

ver e sentir

Embarque

Vejo

Vejo o horizonte.
Distante e longíncuo,
como o é,
perde-se a ternura.

Vejo a morte.
Negra e indisfarçavél,
nos meus sonhos,
se apraz a me iludir.

Vejo o mar.
Cintilante como azul cristalino,
em minhas pequenas mãos,
se escorre a fugir.

Vejo meu rosto.
Marcado pela vida,
sujo do dia de hoje,
se transmuta na esperança do devir.

Vejo seu lindo corpo.
De tão belo que é,
consegue em mim,
diversas mudanças a me fazer rugir.

Vejo a lua.
Sempre a procurar,
uma eterna companhia
a sempre desejar.

Vejo a fuga.
Em meus olhos assim,
salgadamente e molhada,
a me temperar.

Vejo a alta árvore.
A balançar sempre a procura,
se lançando em movimentos,
na espera do fugaz.

Observações

Desembarque

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