terça-feira, fevereiro 22, 2005

Aritmia

Embarque


Fitas, livros, discos, fios, carteiras.

Informações dispensáveis num mundo informático de fluxos e refluxos numa cadeia de relações que te jogam num cárcere infinito de enlaces matrimoniais sendo um jogo sujo de poder imaginação dor e sofrimento numa perspectiva de destruição plena e morte que logo detrás de alguns morros de ventos uivantes são descortinados afim de a verdade ser vendada. O fim!
Constructos de frases certas nos lugares certos por pessoas certas e o errante afim da fuga é sugado pela mesma lógica que governa o mundo desde Maomé ou Alexandre ou qualquer outros destes nomes que tenham entrado para algum livro de contos e sabedoria da humanidade que escarra suas mentiras e regurgita após uma febre de milênios vomitando seres inacabados imperfeitos sujos e imaturos no mundo latrinal dos movimentos peristálticos do intestino humano. O jogo!
Cambalear pelas molhadas ruas beijando o asfalto que permeia e cede lugar a nossos impulsos dos mais lúcidos aos mais impronunciáveis numa aritmia dispendiosa de sacríficio e dor rasgando nossos colos úterinos afim de arrancar de nossas vestes a imagem do perfeito e do sujo que jaz nestas entranhas temperadas pelo úmido cair da garoa que nestas noites suavizam os odores e espamos de horas de insônia e fome de vida! A serpente! A semente!
Cuspindo todos os fumos possíveis e chupando todos os dentes possíveis ao ver e ouvir uma história das mais loucas num vagão suarento de pobreza a morte de um cachorro vira lata depois de atropelado e o seu algoz com uma enxada desferindo golpes contra seu pescoço de frente a uma garotinha de 10 anos suplicando pela ajuda vida oxigênio e não morte. Sangue chapiscado na enxada e minha filha não chore o munod tratará de acabar com tais impulsos pois você é uma impura. Caminhos!

Desembarque

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