terça-feira, fevereiro 01, 2005

retorno

Embarque


Voltarei ao começo de tudo, ao que era. A raiz de meu ser. O gozo
Sou eu que transporta das distantes planícies o rude músculo que transporta a todos ao paraíso e ao inferno
Sou que fantasio a desgraça afim de dar prazer neste vida imunda
Sou que te levo ao infinito de meu falo, a fazer gozar como uma cadela no cio.
A procura de mais espaço eu vou. Derrubando edifícios de falacidade e mentiras.
Pois é sou, aquele que ali nú se vestiu e antes mostrou-lhe o cajado da vida.
Aqui sou eu, ereto, rijo, suado a pulsar por mais.
Tenho uma rocha, que de tão lapidada faz pulsar meu coração
Tenho um graveto que de tão rústico, nos faz caminhar por eras e mais eras a procura de gozo por mais gozo.
Vi criaturas assexuadas regorjizarem tristeza e oxigênio, sem olharem para vastidão de seus corpos
E sou eu, realmente nú, que mostrarei a todos a ineficiencia desta vida ingrata.
E vou caminhar afim de chupar e beber do néctar dos deuses que pulsa do forno úterino.
Pulsarei, estocarei, cantarei a canção da vida. Do vencidos em campos de batalhas aos mortos em esquinas molhadas de ruas mal asfaltas de cidades quaisquer, a respirar a sujeira saída de motores em brasa e cus.
Fugirei da inadimplencia vivída, lutarei pelo prazer, acima de tudo o prazer, estocando no fim meu pinto, afim de fazer nascer homens e mulheres e que os mesmos sejam como eu. Vencedores, perdedores, lutadores...que vivam a vida mais suja e dispendiosa, que lutem, sofram, chorem os amores não vivídos. Que respirem da sujeira da fraqueza e traçam planos a não proporcionarem fraquezas a si e aos entes.
Sou eu!
Eu que te faço amar e odiar, e a querer me matar.
Eu que sumo e apareço num piscar de olhos
Eu!
Eu que sou o máximo da criação humana, e que de deuses a diabos, de enfermos a saudáveis, caminharei sobre o pó de nossos corpos.
Eu grito, faço questão, choro e gozo
Gozo e trago a infelicidade de minha companhia aos Estados.
Ao caralho e e pelos caralhos...Vivamos como a última vez.


Desembarque... apague a luz ao sair e acenda uma vela.

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