sexta-feira, abril 01, 2005

investigações

Embarque


Novamente aqui - a sentar na mesma cadeira- com a mesma paisagem a ser vista uma desordenação territorial de dar inveja a qualquer desordenador. 10h25.
Hoje não apenas o pó se espraia pelas mesas como todas as minhas coisas ficam a disposição de críticas, perguntas especulações, e o que é pior uma certa investigação de caráter comprometedor sobre posturas e situações. Era só o que me faltava a essa altura do campeonato. Mas já se tem um histórico de uso de tais coisas. Espaço também é dado. Ao inquirir de forma ascintosa devia ter pensando e utilizado uma saída mais elegante e inteligente. Mas em tais horas não penso e vocifero o que a minha caixola vazia aparece e fico a rugir de raiva mediante a pobreza argumental que colocam-me a dúvida.
Let it be!
Algumas posições já cansei de marcar e pedir voz, mas ninguém ouve e ficam sempre com as mesmas impressões produzidas por quem quer pensar por eles. Aí é só esperar as mesmas perguntas, colocações, mitos e todo arsenal pré-fabricado de sentenças toda uma lógica construída como construído foi este lugar. Dá no saco isso. Ah!
Hmmmm. Ao ganhar um presente de um amigo abre-se o mais que medíocre precedente a comiseração familiar sobre o futuro de algumas pessoas e porque não dizer da humanidade. Descendo morro abaixo as mesmas questões. Não! Para mim não mais tudo isso.
Eu sou mais, não menos. Ou melhor não sou mais nem menos. Sou aquele que incendeia a pequena centelha de vida que jaz nos corpos humanos que necessitam juntar-se ao universo numa irrefreada busca pelo indigesto mas glorificante sabor de vida aos ventos uivantes de mar de morros verdejantes e que possuem todos formas de bundas e seios a serem imaginamente chupados como os foram a meses atrás numa praia do litoral tendo uma visão surreal e imaginando tudo e nada ao mesmo tempo.
Uma fuga janela porta escadaria correndo à dispensa afim de resgatar o último saco de feijão para alimentar-nos afim de fugir de alguns algozes que me perseguem em sonho porque sonho fraco e feijão é ferro fazendo de tais devaneios caminhos por onde não precise mais circular por não haver mais frutos neste momento a ser pego no pé ou numa mangueira jaqueira goiabeira e assim por diante n'algum pé desses frutos tropicais. As vergastadas das matas a sangrarem minhas costas talhando uma picada no meio de um arvoredo a responder com fortes caídas de cipós em costas de todos nós rasgando seus fios e deixando lascas a serem retiradas por nossos pequenos filhos de olhos grandes e bocas nervosas a perguntarem irrefreadamente por que a vida é deste jeito e não daquela maneira exposta num desenho de Gorki, Dalí ou Picasso.
Estou inchando de conhecimento para correr e desaguar chorando minhas impressões sobre os acontecimentos e vergastando os próprios cipós imaginários em meu corpo assim podendo já acostumar-me com a falta da proteína ferro em sonhos sonhados chorados de uma infância perdida entre algumas drogas mulheres e brigas mentiras ganhos e viagens em quartos minúsculos com potes de esmalte a vergastar minha mente aos treze ou quatorze anos e num final de semana subsequente cair devido ao enchame dos vapores do alcóol. Afinal de contas tinha apenas algumas primaveras nas costas.

Desembarque

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