terça-feira, junho 28, 2005

Nada

Embarque

Nada o que colocar para fora, nem vômito. Cansaço não é colocado para fora. São movimentos peristálticos da preguiça afim de morrer por alguns parcos minutos numa tarde chuvosa. O vidro escorre o semén de Jesus que escorre após ele ter espirrado sua grande mangueira verlmelha sobre todos nós.
E dá-lhe a gritaria na companhia cosmodemoníaca de transporte coletivo (Salve, Miller) e eu tento em pé cochilar por alguns minutos e mais formigas entram no vagão, pareço suar frio.
Pareço feliz?
Pareço satisfeito?
Apenas pareço e desapareço!
Precisamos todos vagar. Mas um vagar desprendido de tudo o que se busca. Tudo é inalcansável, quanto mais de tenta, mais de machuca.
Lei do minímo esforço.
Quem nos dera capacidade para que assim fôssemos. Não adianta corremos atrás de tudo. Nem mesmo vejo mais o dia passar. Dentre celas a celas vejo o alvorecer a falo como um papagaio bebâdo sem beber.
Indiferença. Talvez seja essa a chave para a passagem dos minutos.
Indiferença.
Cansaço.
Ânsia de vômito.
Tardes perdidas.
SOnhadas e sentidas.
Pútridas e feridas.
Suco gástrico
Herculano Netto

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