segunda-feira, março 28, 2005

redução

Embarque


Quadrado a espera do preenchimento que contemple este autor na tentativa de chegar no limiar máximo da expressão...Para!

O que um final de semana não é capaz de fazer e até que ponto isto não é uma idealização ou uma mentira por mim inventada? Desde quando ou quem disse que a tempestade passou?
Reduzir-se a nada, a um amontoado de sensações que borbulhando faz agitar meu espírito. Reduzir-se a nada mesmo. Sumir na vastidão deste mundo. Caminhar sozinho apenas a ouvir minhas comiserações de sempre. O diálogo entre eu e eu. Solidão verborrágica rumo ao sul às terras nunca antes visitadas por mim. Ir a Patagonia. De lá observar todo o continente do ponto mais ao sul do mundo continental ecúmenico.
Fugir um pouco disso tudo. Encerrar uma fase. Sinto-me indisposto a continuar carregando tudo, a continuar sustentar esta cadeia infantil de miséria e pobreza humana. Quero mais de tudo e de mim mesmo e ao mundo um grande foda-se. Além de apenas cobrar nunca deu nada em troca a não ser dor, solidão e um enorme bolo fecal que todos temos de cortar um pedaço mastigá-lo e digerí-lo solitáriamente.
Fim! Poderia de tudo com tudo dar um fim antes que o tudo dê um fim neste idiota que vos digita, fala, vomita, cospi, caga, goza, chora e sustenta seu próprio algoz. A imunda e idiota necessidade. Devia dar uma banana à necessidade e me jogar no fundo do posso. Reduzir-se ao nada e de lá voltar mais forte e mais resoluto. Me jogar com os dois pés no reino da construção do futuro que contemple a este eu que a regozijar fica a importunar com um comichão que não sei explicar e nem de onde vem.
Nada do hoje me felicitará ao menos com os dois pés no reino das situações já estou. Ao menos sei que nada mudará e que continuarei a resmungar maldizendo a toda idiotice fantasmgórica que as pobres criaturas criam de si mesmo.
Espirro, escorre, tosse, pigarro. Garganta arranhada, nariz vazando. Foto 3x4 a R$ 6,00 chinelo de dedo olhares pela vitrine e bolsas de tira colo sendo sustentadas por fios de nylon gelo. O sonho com um filho da puta qualquer que noutro dia testemunharei a todos. Gosto de pasta de dente na boca conjuntamente com a lingua roçando o céu da boca e os próprios toques nos rosto recém barbeado. Mãos lisas e unhas roídas arranhando espinhas crescidas no couro cabeludo a sangrar ao serem espizinhadas e dá-lhe espirros e corrimentos nasais e ainda incertezas vontades fome falta de ascentuação ou acentuação tarefas a serem encaminhadas resoluções cheiro caminhos e mais predisposição ao estático...Chatice! Queria mais um monte de dias para traçar uma viagem ao meu eu. Levaria quilos e mais quilos de livros e a todos eu os comeria engordando mais e mais afim de morrer e nascer novamente com quilos e quilos de conhecimento pronto a jorrar de meus poros.
Reduzir-se a nada! A centímetros. Ao fim, cá estou eu na tentativa de reduzir-se a nada afim de de ser o tudo!

Caio fora

Desembarque

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