domingo, novembro 13, 2005

corre-corre

Embarque
Um corre corre incompreendido na rua, e ninguém observa a candura de um olhar perdido na imensidão da cotidianeidade. É sempre assim. Todo mundo se perde no corre-corre de suas comiserações e ficamos observando apenas o próprio corre-corre dos piolhos aos nossos sujos umbigos.
O sexo. Ah!
O maldito sexo que irrompe meu sono e faz-me acordar e pedir por erupções que se enfilam na memória e as vou catalogando para quando só estiver n'algum lugar possa brincar com tais devaneios.
De memórias a lugares ainda não visitados caminho pelo pátio negro com uma garoa fina a depositar-se nas camadas mais sujas de minha pele.
Parem! Um grito surrado corre, e pede que todos parem!
por favor parem com tudo. Eu preciso de um minuto de atenção, afim de mostrar o quão cansado estou apesar de ainda respirar, gostaria de não ouvir mais o alento de meu coração que insistentemente pulsa por vida.
Eu grito agora! Morte! A mesma passeia pelos caminhos já conhecidos da espécie humana e todos nós tememos como os cachorros temem a água. E como os democratas temem a turba insadecida por nada, apenas prazer.
Um gole de pinga, branca, alva e pura pinga. Ruim! É o que resta a beber ou sentir o gosto do nada da água.
Que seja amargo ou que desça por nossas entranhas a nos rasgar de tanta feldade e assim comprimi os elementos mais básicos da unidade humana. Dor, morte, miséria,. vida.
Meu deus como é ruim. As gotas descem como se fosse lava quente queimando o esôfago e depois o colo do estomago, ou seria outra ordem? Foda-se a isto. Neste momento nada importa a não ser uma pálida possibilidade de tirar a cabeça das esperanças.
Pobre de nós que esperamos a mal grado a chegada do carteiro com novas correspondências e um novo cartão de natal.
Apesar que um final de ano se aproxima e nosa comprimimos entre tarefas e problemas para dar cabo da falsa felicidade dos dias de hoje!
Como terminar...não sei apenas inflo mais uma vez o pulmão velho de guerra, encho o copo e espero o amanhã.
Lavar roupa, cozinhar, beber, fumar, trepar, cagar, amar, fugir, dormir.
Algo disso,com um pouco daquilo, num outro lugar, n'outro momento. Por outras impressões por outras situações.
Vida sempre. Por mais vida a mesma vida se torna ainda mais sofrida! E por mais sofrer queremos e desejamos um dia não mais sofrer e sim viver um mar de rosas. Não ele não chegará e raiará o dia que ainda na mesma rotina estaremos e ainda por sexo brigaremos.
O que vale na vida? Não sei. Ereções e espamos.
Por hoje basta!
Desembarque

Um comentário:

BULLSEYE disse...

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